Esses dias, como todos os outros dias, eu cliquei uma de milhares vezes durante o dia no ícone do Instagram no meu celular. Tinha notificações, mas eu nem costumo ver. Vejo as fotos mesmo. Curto as fotos que eu gosto e leio as legendas também. Quando acabei, fui ver a tal notificação, e quase deixei meu celular cair. Olha quem me seguiu. A tal menina que eu não falava há anos, aquela… Aquela lá que foi minha melhor amiga durante uns anos do fundamental.
Falavam que nós éramos carne e unha. O que era normal para duas meninas que gostavam das mesmas coisas, ouviam das mesmas músicas, não gostavam das mesmas pessoas da escola e essas coisas de melhores amigas. Já tive outras melhores amigas antes dela, e agora, depois dela. Mas ela foi uma das mais inesquecíveis, e tem motivo sim, as histórias.
O meu melhor ano escolar foi a 6° série/7°ano. E foi nesse ano que começamos a ser amigas. Lembro que éramos da mesma sala e ela sentava na minha frente. Lembro também que gostava de um garoto da nossa sala e ela de um mais velho da perua dela. Nossa, e a gente achava que sabia de amor… Pena que crescemos.
Qualquer sorriso que eles davam pra gente era motivo de alegria, e quando eles falavam com a gente? PUTS, altos SMS depois! Sim, SMS. Ficávamos o dia inteiro conversando por mensagem e por telefone. Aaaaah, e a gente tinha lista de músicas que eram nossas. Não lembro muito bem as minhas músicas mas com certeza tinha Manu Gavassi no meio, vê se pode?
Criamos um Twitter Fã Clube para um cantor juntas. Fizemos uma lista das nossas músicas favoritas. Tínhamos os mesmos amigos e não gostávamos das mesmas pessoas. Preenchemos o Querido Diário Otário. E ganhei um colar de estrela, que usei durante anos.
Então no ano seguinte, caímos em salas diferentes, paramos de gostar daqueles meninos, brigamos, a nossa lista de músicas deixou de existir, ela fez amizade com o pessoal da sua nova sala e eu também, os SMS’s começaram a diminuir junto com as ligações. Mudei de casa, fim.